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Apaixonada por crochê, artesã tem renda extra com biquínis e saídas de praia

Da redação

Fotos: Renan Mattos (Diário)
Janaina investe no crochê para aumentar o orçamento. Biquínis e saídas de praia são as apostas para o verão

A artesã Janaina Severo Gonçalves Giaretton, 31 anos, encontrou no crochê, habilidade adquirida na infância, uma maneira de aumentar o orçamento, enquanto relaxa e cuida da família. Mãe de Sara, 10 anos, e de Vitor, 2, ela aproveita as diferentes estações do ano para trabalhar. No inverno, investe em polainas, golas e tocas. No verão, bíquinis, saídas de banho e bolsas de praia ganham a preferência das clientes que ela conquistou nas redes sociais.

A secretária Camila Aita Bastos, 23 anos, e a costureira Gilda Lopes Ribas Cabral, 45, são clientes assíduas de Janaina. Com férias marcadas para janeiro, elas já garantiram biquínis e outros acessórios em crochê. Os artesanatos de Janaina fazem parte dos looks que elas levarão ao litoral gaúcho.

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Apaixonada por praia, Gilda não vê a hora de usar as novidades. Ela conta que conheceu o trabalho da artesã pela internet e elogia a qualidade e o acabamento das encomendas. Para completar a mala, ela já planeja encomendar uma bolsa também.

Para Camila, os biquínis de Janaina superaram todas as expectativas, já que os modelos são bonitos e vestem bem.

- Escolhi as peças com Janaina e ela foi fiel nos detalhes. Adorei o que recebi. O acabamento é perfeito. Agora é esperar o verão para usar as peças na praia - planeja a secretária.

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O INÍCIO
Janaina cresceu com agulhas e linhas nas mãos. Desde os 10 anos, fazia roupas para as bonecas, sempre supervisionada pela mãe, Marizete Severo Gonçalves, 51 anos, que lhe ensinou os primeiros pontos. Ao crescer, continuou a confeccionar peças em crochê para a decoração da casa e para presentear familiares e amigos. Mesmo em cidades diferentes, mãe e filha ainda trocam ideias e receitas em crochê.

- Nunca pensei em vender as peças. Fazia para passar o tempo, já que adoro artesanato. Até hoje, quando vejo novidades na internet, ligo para contar para a mãe. Ela também tem o artesanato como estilo de vida. No dia a dia, costura, faz crochê, tricô e reformas em roupas- conta a artesã.

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RENDA EXTRA
Janaina trabalhou no comércio de Santa Maria por muitos anos. Depois de um tempo desempregada e com a chegada dos filhos, resolveu fazer da arte uma oportunidade de negócio. E deu certo!

O primeiro passo da empreendedora foi organizar a rotina. Pela manhã, cuida da

rotina da casa e das crianças. À tarde, com a primogênita na escola e o caçula entretido com brinquedos, Janaina anota pedidos, faz crochês e faz a gestão da rede social. À noite, ela conta com a ajuda do marido, Maikel Valmor Ribas Giaretton, 29 anos, para entregas e planejamento.

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- Eu estava desempregada há quatro anos. Inquieta por colaborar no orçamento de casa, retornei ao crochê. Sou realizada no que faço, principalmente porque posso ficar perto dos meus filhos, enquanto trabalho - comemora Janaina.

RENTABILIDADE
A artesã diz que o lucro com o artesanato é todo para pagar as contas da casa e das crianças. Os planos em curto e médio prazo são encontrar o nome para o empreendimento e o logotipo, assim como abrir uma loja física.

- Sonho em ter meu próprio negócio, embora as vendas pela internet sejam boas. Amo o que faço! O que ganhava no comércio e o tempo que eu ficava fora de casa, longe dos meus filhos, não compensa o faturamento que tenho com os biquínis e saídas de banho - compara a empreendedora, que levou apenas três horas para começar a vender, assim que postou as fotos dos crochês.

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PLANEJAMENTO
Assim como Janaina, muitos empreendedores encontraram no trabalho informal uma maneira de ter rentabilidade e de driblar o desemprego. Mas, antes de se dedicar exclusivamente ao trabalho em casa, é necessário planejamento para não trabalhar de graça.

O gestor de projetos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Rômulo Machado Vieira sugere que, antes de abrir o negócio próprio, a pessoa separe tempo para programar a gestão da empresa. Investimento inicial, contas a pagar e receber, possíveis contratações de colaboradores e orçamento devem ser registrados:

- Planejamento reduz em até 80% as chances de a empresa falir logo ao abrir. Outro erro clássico é gastar mais do que ganha. É preciso evitar prejuízos, os quais levam à desistência precoce da iniciativa.

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Ainda de acordo com Vieira, conhecer produto e público alvo é essencial para o sucesso de qualquer negócio.

- Não adianta eu abrir uma padaria porque meu vizinho abriu e deu certo se não gosto de acordar cedo para receber meus clientes com um pão quentinho. Outro cuidado que o microempresário precisa ter é de não misturar contas pessoais e gastos empresariais. Ele precisa saber calcular preço de custo e de venda. Não basta só colocar um percentual - orienta o gestor de projetos.

CONFIRA OS MODELOS MAIS PEDIDOS:



Biquínis de várias cores chamam atenção da mulherada e são os mais pedidos de Janaina. Com bojo eles custam R$ 58, sem o bojo o valor fica em R$ 50  








Saídas de praia mais longas ou curtas estão entre os pedidos para o verão. O valor é R$ 55







Em vários modelos e cores, as bolsas em crochê fazem sucesso nos pedidos e saem por R$ 80



PARA ENCOMENDAR: 
  • Pelo Facebook
  • Pelo WhatsApp _ (55) 99726-6136

Colaborou Natália Venturini

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